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O consumidor português já revela mais conhecimento das vantagens destes veículos e a tendência de compra de carros elétricos continua a crescer.

Veículos elétricos não são uma moda passageira

No último mês de 2018 venderam-se em Portugal 727 veículos elétricos, o que representa um crescimento de 30% em relação ao mês homólogo. O ano passado foi o melhor ano de sempre, em Portugal, no que toca à venda de veículos elétricos. Esta informação, disponível no site da UVE – Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos, demonstra que a mobilidade elétrica e os veículos elétricos “não são uma moda passageira”, recorda Henrique Sánchez, presidente do conselho diretivo da UVE. Esta realidade vem demonstrar que se está a caminhar para dar uma resposta mais eficaz, eficiente e económica, aos problemas que “afetam a mobilidade das pessoas, a contaminação das grandes cidades, a poluição ambiental e sonora provocada pelos motores de combustão interna, contribuindo para a redução do seu impacto negativo, sendo fundamental, necessária, mas não suficiente, para a descarbonização da economia”.

Estes dados revelam também um maior conhecimento do que são os veículos elétricos (VE) e quais as suas vantagens: mais eficientes e económicos, têm melhor desempenho e menores custos de utilização e de manutenção.

Henrique Sánchez acrescenta que existe um maior conhecimento das diferentes formas de carregar um VE, especialmente quando este carregamento pode ser feito na habitação. Dá ainda destaque a uma Rede Pública de Carregamento a crescer, mas sem acompanhar o ritmo de crescimento das vendas.

Este é o “calcanhar de Aquiles da mobilidade elétrica em Portugal” e urge ultrapassar as dificuldades, as resistências e os entraves à expansão da Rede Pública de Carregamento.

O responsável da UVE informa que, em 2018, se venderam “8.241 veículos elétricos, o que representa um crescimento de 94.5% em relação a 2017, colocando a quota de VE nos 3.6%”.

Portugal está no “quarto lugar na União Europeia a 28, logo a seguir à Suécia, Finlândia e Holanda e em sexto lugar a nível mundial logo a seguir à Noruega, Suécia, Finlândia, Holanda e China”. “Números muito interessantes e promissores” destaca o nosso interlocutor.

Expressão interessante

A venda de veículos elétricos está a aumentar, mas ainda é residual. Para Henrique Sánchez, 727 unidades vendidas de automóveis ligeiros, entre 100% elétricos (BEV) e híbridos plug-in (PHEV), num mês é um número “interessante”. Ao analisar os números totais do parque elétrico nacional, que inclui motociclos, ciclomotores, quadriciclos e não só, estão matriculados 24.066 veículos elétricos. “Se a estes acrescentarmos os números de janeiro de 2019, existem em Portugal neste momento mais de 25.000 veículos elétricos”. O responsável reconhece que “ainda é uma gota no oceano”, mas que permite antever “crescimentos exponenciais num futuro próximo com a chegada de novos modelos, com mais autonomia e mais económicos e isto já a partir de 2019”.

Questionado sobre o que falta fazer para se venderem mais veículos elétricos ou híbridos em Portugal, responde: “Mais divulgação, mais informação e como dizemos na nossa associação UVE, experimentar o VE; fazer o batismo elétrico. Sentar-se ao volante ou ao guiador e sentir a diferença, o progresso, o prazer de conduzir um VE.”

Sobre as expectativas da UVE para o universo da mobilidade elétrica em Portugal, este ano, Henrique Sánchez diz serem “as melhores”, dado que existe “cada vez mais informação disponível e acessível sobre o que é a mobilidade elétrica”. As marcas preparam o lançamento de novos modelos com mais autonomia. São igualmente mais económicos e tecnologicamente mais avançados. A Rede de Pública de Carregamento aumenta por todo o território. E sucedem-se iniciativas como conferências, feiras, salões, exposições para promover os diferentes tipos de VE. Motivos suficientes para Henrique Sánchez estar otimista com o futuro do automóvel elétrico em Portugal.


Em Maio, todos os caminhos vão dar a Torres Vedras

Existem cada vez mais iniciativas para promover os veículos elétricos em Portugal. O Encontro Nacional de Veículos Elétricos – ENVE 2019, este ano em Torres Vedras a 11 e 12 de maio, é considerado “o maior evento dedicado à mobilidade elétrica em todas as suas vertentes”. Se quiser ficar a saber tudo sobre esta mobilidade, fazer o batismo elétrico e ainda quiser fazer atividades em família – karts elétricos, motos de trial elétricas, etc. – a ExpoTorres é o local a visitar.

8.241

veículos elétricos vendidos em Portugal em 2018.

24.066

veículos elétricos estão matriculados no parque elétrico nacional – inclui motociclos, ciclomotores, quadriciclos e não só.

727

unidades vendidas de automóveis ligeiros, entre 100% elétricos e híbridos plug-in, em dezembro passado.

* Dados da UVE que utilizou como fontes: ACAP, IMT, EV Sales



UVE apoia posição do ministro Matos Fernandes

O ministro do Ambiente, Matos Fernandes, disse recentemente numa entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1 que não vê necessidade de reforçar o subsídio à aquisição de carros elétricos nem conceder incentivos ao abate, acrescentando que na próxima década, não fará sentido comprar veículos a gasóleo. O governante referiu que quem comprar carros diesel não terá valor na troca daqui a quatro anos, afirmou. Estas afirmações causaram polémica junto da indústria e do setor. No entanto, em comunicado de imprensa, a Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos – UVE, saudou estas declarações, explicando que a ascensão dos veículos elétricos é “uma das formas de a sociedade atual avançar para a descarbonização da economia (…), necessária no combate atual às alterações climáticas e no cumprimento das decisões da COP 21 tomadas em Paris, reforçadas na COP 24 em Katowice – Polónia, que Portugal subscreveu”.

No documento, lê-se que a UVE tem alertado que os motores de combustão interna não têm futuro, pois são menos eficientes e mais poluentes que os motores elétricos. “O futuro é elétrico. Para muitos de nós é o presente e até o passado. Temos associados com mais de 200.000 km percorridos em veículo elétrico e com uma adesão aos veículos elétricos que já tem mais de uma década”.

A associação está consciente que esta alteração não será imediata (…) “No entanto, sabemos que a adoção dos veículos elétricos será exponencial e disruptiva e que as nossas cidades mudarão radicalmente em meia dúzia de anos, para bem de todos. Basta acompanhar o que já acontece na China e nas maiores cidades da Europa e do Mundo”.

Fonte: Jornal de Negócios

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